Eu não consigo fazer nada! Estou sem ânimo, nada parece me agradar - O que fazer ? Blog Nunca Fiz

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Eu não consigo fazer nada! Estou sem ânimo, nada parece me agradar - O que fazer ?

 


Você já acordou querendo continuar na cama?

Sabe aquele dia em que o corpo pesa, o relógio anda e a vontade de levantar simplesmente não vem?
A mente começa a sussurrar que ficar ali é o melhor a fazer — e, por um instante, você quase acredita.

Estamos nos últimos meses de 2025. É o momento em que muita gente olha pra trás e pensa:
“Se eu tivesse me sentido um pouco melhor, teria feito mais.”
“Teria ido aos lugares que queria, teria conquistado o que planejei.”

Mas será mesmo?

Por muito tempo, eu também pensei assim.
Comecei a estudar o cérebro humano depois que a ansiedade e a fobia social tomaram conta da minha vida.
De repente, eu estava presa em um quadrado invisível — tudo o que eu queria fazer parecia impossível.
Busquei respostas: li livros, ouvi podcasts, conversei com psicólogos e psiquiatras.
Hoje, quero dividir o que aprendi — não como especialista, mas como alguém que viveu tudo isso na pele. ( ainda vive) 

1. “Eu não consigo.”

Eu sei. Seu corpo está cansado, sem força, sem vontade.
Mas existe um truque: enganar o cérebro.

Quando eu estava no fundo do poço, qualquer tarefa parecia impossível.
Mas decidi fazer algo pequeno — lavar a louça, por exemplo.
Mesmo sem vontade, eu ia. No fim do dia pensava:
“Do jeito que eu estava, ainda consegui organizar as louças.”
E isso me fazia sentir bem. Era progresso.

No dia seguinte, eu fazia mais um pouco:
“Hoje, pelo menos vou jogar uma água no banheiro.”
Ia devagar, parava, sentava, pensava em desistir… mas continuava.
E cada pequena vitória me dava orgulho.
Porque só eu sabia o esforço que aquilo exigia — e, mesmo assim, eu consegui.

2. “Quando eu melhorar, eu faço.”

Essa é uma armadilha.
Durante muito tempo, a fobia social me fez evitar o desconforto.
Se algo me deixava nervosa, eu simplesmente não fazia.
Meu cérebro aprendeu isso — e passou a enxergar perigo em tudo:
sair sozinha, ir ao mercado, jogar o lixo fora, enfrentar uma fila.
Logo, o pânico tomou conta.

Mas há duas formas de lidar com isso:

A) Nomear o que está acontecendo.
Diga a si mesma:
“Isso é um ataque de pânico. É real, mas não é perigoso.
Meu cérebro só acha que estou em risco e liberou adrenalina —
por isso minhas mãos suam, minha visão fica turva, e a respiração pesa.”
Repetir isso ensina sua mente que essa situação é segura.

B) Parar e pensar.
Grande parte desse “passar mal” vem do medo de enfrentar.
Quando você pausa, observa e entende o que sente, o corpo começa a acalmar.
Se está com dor de barriga antes de sair, ou com medo antes de uma prova,
pare. Respire. Pergunte-se: “Por que estou assim?”
Esse simples ato devolve o controle.

3. Medo de perder o controle

Talvez você sinta que, se algo sair errado, vai enlouquecer —
que não vai dar conta.
Mas aqui está a verdade:
quem realmente perde o controle, não tem consciência disso.
Se você tem medo de enlouquecer, é justamente porque está lúcido.
O medo é só mais uma forma do cérebro tentar te proteger — e, ironicamente,
é ele que te faz sentir fora de controle.

4 . Não gosto de nada e não quero fazer nada! 

Esse é o clássico! Ao começar a recuperar as nossas forças percebemos que precisamos ter uma atividade para nos manter são, sim as atividades manuais podem te ajudar a lidar com os seus sentimentos, assim como as atividades físicas, porém depois dessa turbulência é como se agente tivesse sido despersonalizada, parece que não gostamos de nada, nada nos interessa, nada é legal o suficiente para nos prender, como alguém gosta de fazer atividade física ? Porque tantas senhoras fazem artesanato ? 

Você se sente como uma folha em branco e que personalizar é impossível, porém eu digo há chances de voltar a se interessar por algo. Essa chance começa ao rever antigos gostos, provavelmente na sua infância gostava de desenhar, talvez andar de bicicleta, correr num parque cheio de árvores ? Rever as atividades que te deixavam feliz quando criança é como sentir a mais pura conexão com você mesmo. 

Pode ser que essas atividades não sejam mais tão legais quanto eram antes, mas dar chance a isso é muito importante, pode confiar depois de praticar algo uma vez pode até pensar que isso não é pra você, mas depois de uns dias vai dizer: " Nossa não lembrava que era divertido, preciso fazer mais vezes".

Não tenho todas as respostas, apenas expliquei as minhas experiências, sinto que aqui eu posso falar com quem precisa, então se você estiver nessa situação, não se preocupe, tudo isso vai embora mas pra isso acontecer você precisa se mexer.

Espero ter te ajudado com alguma coisa e até o próximo post :) 






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